Em comunicado, a ARSLVT refere que durante este período as utentes devem dirigir-se a outras unidades da região de Lisboa ou serão encaminhadas para esses serviços.

“Informa-se, ainda, que os restantes serviços de Ginecologia/Obstetrícia da região estão a funcionar dentro da normalidade”, indica a nota.

No entanto, a ARSLVT ressalva que “poderão existir limitações em algumas unidades hospitalares”, o que significa que “alguns hospitais, num determinado período do dia, poderão ativar o desvio de ambulâncias para outras unidades da rede”.

“Os hospitais que, por períodos transitórios, acionam o desvio de CODU [Centro de Orientação de Doentes Urgentes] mantêm a urgência externa a funcionar, dando resposta a quem lá se dirigir pelos seus meios. Neste caso, as grávidas transportadas pelo CODU/INEM serão encaminhadas para outras unidades da Região, as quais assegurarão a resposta e o funcionamento em rede”, refere a nota.

A ARSLV lamenta os constrangimentos, “apesar de todos os meios disponibilizados”, e indica que passará a fazer pontos de situação “sempre que se justificar”.

“Reafirma-se que a ARSLVT, hospitais da região e o CODU/INEM mantêm estreita articulação para garantir o normal funcionamento das urgências das maternidades da região, com toda a segurança”, pode ler-se ainda na nota.

Nas últimas semanas, vários serviços de urgência de Obstetrícia e Ginecologia e bloco de partos de vários pontos do país tiveram de encerrar por determinados períodos ou funcionaram com limitações, devido à dificuldade dos hospitais em completarem as escalas de serviço de médicos especialistas.

Para dar uma resposta a esta situação a ministra da Saúde criou na semana passada uma comissão de acompanhamento constituída por seis elementos.

Em declarações à Lusa, o coordenador nacional da comissão, o médico Diogo Ayres de Campos, disse que este grupo vai arranjar uma fórmula para que exista “maior coordenação” entre os hospitais quando a maternidade ou o bloco de partos está encerrado.

Questionado na quarta-feira sobre a persistência de problemas nas urgências de Obstetrícia em vários hospitais do país, o secretário de Estado Adjunto e da Saúde, Larcerda Sales, destacou que “Portugal tem hoje um dos melhores indicadores europeus e até mundiais em termos de mortalidade perinatal e materna”.

Afirmando que não se pode “desmoronar aquilo que é a arquitetura do sistema” e que é preciso “responder às necessidades das grávidas e à estabilidade da organização dos profissionais de saúde”, o governante assegurou que serão encontradas soluções.

Lacerda Sales repetiu que, desde 2015, entraram no Serviço Nacional de Saúde (SNS) mais 32.000 profissionais (15.000 nos últimos dois anos, 4.000 dos quais especialistas), salientando a importância das vagas para a formação de especialistas.

Para o secretário de Estado da Saúde, a questão dos recursos humanos é “estrutural”, pelo que é preciso “trabalhar para o futuro, para uma legislatura, e isso exige planeamento”, já que são necessários 13 a 14 anos para formar um médico especialista.

Lacerda Sales disse acreditar “muito no trabalho da comissão de coordenação”, a qual apresentará no início da próxima semana “um plano que aborda diferentes dimensões”, e admitiu que possa haver “um ou outro constrangimento, muito pontual e muito circunstanciado”.

“Estas soluções serão certamente encontradas para resolver não só os problemas de obstetrícia e ginecologia, como noutras especialidades onde poderá haver dificuldades. Acredito que serão encontradas as soluções”, afirmou, salientando que, a par da questão conjuntural é preciso “pensar sobre o ponto de vista estrutural”.

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