O governante, que intervinha numa videoconferência em que se discutiam os investimentos estratégicos em infraestruturas e na inovação no setor da saúde, começou por apelar ao trabalho "conjunto" entre os Estados-membros da União Europeia (UE) para "desenvolver redes mais eficientes que possam monitorar, enfrentar e reagir" a futuras crises sanitárias.
Mas, segundo o secretário de Estado, "a resposta a qualquer crise de saúde pública só pode ser eficiente se comunicarmos de forma clara" e, para que a comunicação seja compreendida pelo público, devem existir "iniciativas de educação em saúde, para empoderar os cidadãos e torná-los mais capazes de fazer as escolhas certas".
Sobre o acesso a medicamentos e dispositivos médicos, o responsável criticou o "fardo significativo" que o custo dos mesmos tem representado para os sistemas nacionais de saúde da UE, apesar de proporcionarem "mais saúde e uma melhor qualidade de vida" aos cidadãos europeus - o que "é, obviamente, muito importante".
Lembrando os constrangimentos que os países europeus têm enfrentado nos últimos anos com a disponibilidade e a acessibilidade dos medicamentos, Diogo Serras Lopes defendeu que "a Europa deve garantir o fornecimento de medicamentos essenciais".
Tal significa "uma nova reindustrialização" no setor da saúde, bem como um "reforço das cadeias produtivas", sustentou o secretário de Estado.
A fim de "alcançar um caminho sustentável" nessa matéria, Diogo Serras Lopes referiu que a presidência portuguesa do Conselho da UE apresentará um documento com as conclusões obtidas juntamente com os restantes Estados-membros, prevendo a sua aprovação na reunião de ministros responsáveis pelas pastas do Emprego, Política Social, Saúde e Consumidores (EPSCO) em junho.
O secretário de Estado da Saúde participou hoje numa conferência virtual intitulada "Os desafios da saúde num mundo pós-covid-19", que se insere num ciclo de conferências organizado pela Embaixada de Portugal em Praga, em parceria com a Representação da Comissão Europeia na República Checa e com o Instituto de Relações Internacionais de Praga, o Banco Europeu de Investimento (BEI) e o EUROPEUM-Instituto para a Política Europeia, no âmbito da presidência portuguesa do Conselho da UE.
Comentários