O grupo informa numa nota de imprensa que “o apoio da Luz Saúde e das suas unidades da rede Hospital da Luz é prestado com intermediação do Serviço Jesuíta aos Refugiados (SJR)”, a quem agradece a disponibilidade para esta operação.
Segundo o mesmo documento, desde segunda-feira que o apoio da Luz Saúde é concretizado através do “acesso a consultas de especialidade e meios complementares de diagnóstico em qualquer unidade da Rede Hospital da Luz para 500 refugiados ucranianos, até ao final de 2022 (podendo este prazo ser revisto de acordo com a evolução das circunstâncias)”.
Caberá ao SJR fazer a identificação dos refugiados que necessitam de cuidados de saúde e a comunicação de todas as necessidades à Luz Saúde.
Por outro lado, será disponibilizada, através do Hospital da Luz Learning Health, formação e emprego nas unidades da rede aos refugiados que pretendam ficar em Portugal de forma temporária ou permanente.
O grupo disponibiliza ainda material médico, a enviar para as zonas de guerra ou de acolhimento de refugiados nas fronteiras da Ucrânia, novamente tendo o SJR como intermediário na identificação de necessidades e no assegurar a distribuição destes apoios.
“Para a Luz Saúde, este é um momento histórico a que não se pode ficar indiferente. Assumimos este compromisso de apoio aos cidadãos ucranianos refugiados em Portugal com toda a nossa capacidade e a dedicação de sempre”, afirma.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.480 civis, incluindo 165 crianças, e feriu 2.195, entre os quais 266 menores, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.
A guerra já causou um número indeterminado de baixas militares e a fuga de mais de 11 milhões de pessoas, das quais 4,2 milhões para os países vizinhos.
Esta é a pior crise de refugiados na Europa desde a II Guerra Mundial (1939-1945) e as Nações Unidas calculam que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
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