Segundo o diretor clínico da unidade hospitalar, Lourenço Kotele, citado hoje pela agência noticiosa angolana Angop, em 2019 o sanatório do Lubango diagnosticou 2.528 casos de tuberculose dos quais 1.371 foram confirmados como positivos.
Tuberculose pulmonar, tuberculose/VIH/sida, pneumonia bacteriana e tuberculose óssea lideram as causa de mortes na unidade sanitária, atingindo maioritariamente homens dos 25 aos 64 anos.
Lourenço Kotele lamentou igualmente a adesão tardia de doentes ao hospital, muitos dos quais com "imunidade reduzida", apontando a necessidade da sensibilização da população de forma a se reduzir até 5% o número de mortes pela doença.
Em Luanda, só no primeiro semestre de 2019, cerca de 680 pacientes abandonaram o tratamento da tuberculose no Hospital Sanatório de Luanda (HSL), o maior de Angola na especialidade, situação considerada "bastante preocupante" pela direção da unidade, que apontou uma redução de mortes no período.
"No nosso hospital, estamos a falar em mais de 4.000 casos que seguimos e registamos quase 17% de abandono de pacientes ao tratamento, o que é bastante preocupante", disse à Lusa, em novembro, o diretor-geral da unidade hospitalar, Rodrigues Leonardo.
Segundo o médico, o abandono do tratamento da tuberculose a nível de Angola "é ainda um problema sério, situação que faz com que os doentes depois se tornem fármaco resistentes", recordando que "há dois anos a tuberculose passou a ser a terceira causa de mortes no país".
A malária é a principal causa de mortes no país e de internamentos nos hospitais angolanos, seguida dos acidentes de viação.
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