As pneumonias são causa de um número crescente de internamentos hospitalares, morbilidade e mortalidade significativas, especialmente para grupos etários mais idosos.

De acordo com o último relatório do Observatório Nacional das Doenças Respiratórias de 2020, a Pneumonia foi responsável por 5799 óbitos nesse ano - 16 por dia, sendo a principal causa de morte por doença respiratória, representando 5% do total de óbitos.

"Trata-se de uma infeção que pode atingir um, ou ambos os pulmões, causada por uma bactéria, um vírus ou um fungo. Quando a infeção pulmonar ocorre observa-se um edema das vias aéreas pela inflamação e o preenchimento dos alvéolos pulmonares por mucos e outros fluidos", explica Gustavo Reis, do Serviço de Pneumologia do Hospital Distrital de Santarém, numa brochura sobre a doença publicada no site da unidade.

Quando agentes patogénicos como bactérias, fungos, vírus ou parasitas infetam uma parte do corpo humano causam uma infeção, que se acontecer nos pulmões é designada de pneumonia.

Se a infeção atingir ambos os pulmões, pode desenvolver-se uma pneumonia bilateral, mais grave do que quando apenas um dos lados do órgão é afetado.

Como se trata?

O tratamento da pneumonia bilateral varia consoante o estado de saúde do doente antes e depois da infeção e é feito com antibióticos em casa ou no hospital.

Nos casos de pneumonia bilateral extensa, que pode provocar falta de oxigénio grave, o internamento é maioritariamente recomendado.

Durante o tratamento da pneumonia bilateral o paciente deve manter-se em repouso, ingerir líquidos, fazer nebulizações com água potável, evitar espaços públicos e poluídos e usar uma máscara de proteção.

Quem está em maior risco?

  • Pessoas com idade superior a 65 anos e crianças abaixo dos 2 anos;
  • Pessoas com sistema imunitário debilitado, nomeadamente quem está a realizar quimioterapia ou medicamentos imunossupressores, transplantados, pessoas com HIV/SIDA e restantes imunodeprimidos;
  • Pessoas com doença pulmonar, renal ou cardíaca crónica;
  • Fumadores e alcoólicos;
  • Pessoas com exposição a fumos tóxicos, químicos e tabagismo passivo;
  • Grávidas.

Quais são os sintomas?

Os sintomas da pneumonia bilateral estão sobretudo associados à dificuldade respiratória. Febre alta, tosse com expectoração, aumento da frequência respiratória e fadiga intensa são outras das queixas frequentes.

Em relação à pneumonia, Gustavo Reis diz que: "Os sintomas podem variar desde ligeiros a graves e surgir de forma gradual ou abrupta, dependendo do microrganismo envolvido e do estado geral de saúde e idade do doente. Entre os sintomas mais habituais encontram-se a febre, cansaço, dificuldade respiratória, tosse- com ou sem expetoração-, dor torácica, perda de apetite, transpiração, arrepios e confusão".