Donald Trump disse hoje estar convencido de que os mercados financeiros estão a cair devido à epidemia do novo coronavírus e pediu ao banco central norte-americano, a Reserva Federal, para descer novamente as taxas de juro, como complemento ao pacote de medidas que hoje assinou.

O plano já tinha sido aprovado pelo Senado, na quinta-feira, numa tentativa de tranquilizar a população e acelerar a resposta do Governo ao surto, perante a propagação do vírus, que ameaça a vida quotidiana das pessoas.

Este pacote de medidas triplica as expectativas de gastos que tinham sido feitas pela Casa Branca, há 10 dias, quando Trump prometeu um investimento de cerca de dois mil milhões de euros, numa proposta que foi prontamente rejeitada pelo Congresso.

“Em situações como esta, acredito que nenhuma despesa deve ser poupada, para proteger o povo americano”, disse hoje o presidente do Comité de Apropriações, Richard Shelby.

O plano tem a aprovação dos dois partidos e visa acautelar as respostas dadas pelos serviços de emergência médica e pelos hospitais, perante o cenário de uma epidemia de grandes dimensões.

“O povo americano quer liderança e quer estar seguro de que o seu Governo está preparado para proteger a sua saúde”, disse o senador Democrata Patrick Leahy, referindo-se às medidas que estão a ser tomadas.

Donald Trump não esconde a preocupação com o efeito do coronavírus nos mercados financeiros e disse esperar que as medidas agora assumidas pelo seu Governo possam acalmar os receios dos investidores.

“Acho que os mercados vão recuperar”, disse o Presidente, perante os jornalistas, na Casa Branca, saudando os números do desemprego que são classificou de “incríveis”.

Ainda assim, Trump disse que gostaria que a Reserva Federal diminuísse as taxas de juro, depois de já o ter feito, em 0,5 pontos percentuais, na terça-feira.

“O Fed (Reserva Federal) deve diminuir as suas taxas para estimular a economia”, disse Trump, mostrando otimismo sobre a evolução da crise de saúde pública provocado pelo coronavírus.

O surto de Covid-19, detetado em dezembro, na China, e que pode causar infeções respiratórias como pneumonia, provocou 3.385 mortos e infetou mais de 98 mil pessoas em 87 países e territórios, incluindo 13 em Portugal.

Das pessoas infetadas, mais de 55 mil recuperaram.

Além de 3.042 mortos na China, há registo de vítimas mortais no Irão, Itália, Coreia do Sul, Japão, França, Hong Kong, Taiwan, Austrália, Tailândia, Estados Unidos da América e Filipinas, San Marino, Iraque, Suíça, Espanha e Reino Unido.

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