A Agência Espanhola de Medicamentos e Produtos de Saúde (AEMPS) "registou, até ao momento, 41 casos em 11 centros médicos espanhóis" causados ​​pelo produto Ala Octa, fabricado pela empresa alemã Asa Medics, retirado do mercado a 26 de junho.

"Até agora, foram confirmados 13 casos de amaurose (cegueira)" do olho operado, segundo um comunicado desta agência espanhola e uma fonte do ministério da Saúde espanhol.

Esse produto também provocou casos de "atrofia do nervo óptico, diminuição da acuidade visual, inflamação e vasculite", de acordo com o comunicado.

A AEMPS está a conduzir uma investigação clínica, analítica e técnica, segundo o comunicado. O fabricante do produto e o distribuidor estão a colaborar com a agência.

"As amostras foram enviadas para um instituto de investigação em oftalmologia para análises químicas e toxicológicas", afirma a autoridade competente.

O jornal El País questiona a "demora" dos médicos em transmitir as suas suspeitas sobre o produto.

O jornal cita o caso de Mikel González, de 44 anos, morador de Rentería, País Basco, que ficou cego do olho esquerdo depois de ter sido operado a 2 de junho. No primeiro dia depois da operação, Mikel González já não via, o que intrigou os médicos.