Trabalhadores do Hospital Santa Maria, Lisboa, concentram-se hoje frente ao portão principal da unidade de saúde para exigir que o Conselho de Administração reabra o processo negocial sobre o regulamento interno de horas e banco de horas.
A iniciativa foi marcada pelo Sindicato Nacional dos Psicólogos, Sindicato da Função Pública Sul e Açores e Sindicato dos Enfermeiros Portugueses.
Em declarações à agência Lusa, Margarida Brissos, do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP), referiu que foram mobilizados alguns trabalhadores do Hospital de Santa Maria para esta ação reivindicativa que visa sensibilizar as pessoas e o Conselho de Administração para a necessidade de retomar o processo negocial interrompido há meses.
Em causa, segundo Margarida Brissos, está o regulamento interno de horários que impõe um "intervalo obrigatório" de uma hora para almoço, em detrimento da jornada contínua de trabalho, quando se sabe à priori que isso é uma "prática impossível" de conciliar com o trabalho exigido aos trabalhadores no dia-a-dia.
Outra questão do protesto, adiantou, prende-se com a necessidade de regularização de situações relativas ao chamado "banco de horas", que, apesar de não estar ainda em vigor, já é aplicado há muito tempo no hospital de forma "abusiva e ilegal".
Segundo Margarida Brissos, o Conselho de Administração do Hospital de Santa Maria já foi alertado para a forma "completamente selvagem" como o banco de horas tem funcionado, tendo os seus responsáveis ficado de fazer um levantamento da situação, o que não se concretizou.
Pelas razões expostas, os trabalhadores afetos ao SEP, Sindicato Nacional dos Psicólogos e Sindicato da Função Pública do Sul e Açores vão protestar sob o lema "trabalho não pago é trabalho escravo", conforme explicou a mesma sindicalista.
A ação de protesto teve início às 8h30, da manhã de hoje.
04 de julho de 2012
@Lusa
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