O STAE decidiu manter a recusa ao trabalho extraordinário, marcada para as 00h00 de quarta-feira, e por tempo indeterminado, após um plenário sindical com os trabalhadores, o qual decorreu na segunda-feira.

No mesmo dia, e após ser conhecida a decisão do STAE sobre a greve, o Ministério da Saúde decidiu adiar sem nova data a reunião de negociação sindical com os técnicos de ambulância de emergência.

Em comunicado, o STAE refere que esta posição do secretário de Estado e Adjunto do Ministro da Saúde se traduz “numa profunda falta de respeito pelos técnicos do INEM e assume uma forma de chantagem inaceitável”.

“O STAE irá manter a greve convocada ao trabalho extraordinário e está neste momento a estudar formas de endurecer a luta”, lê-se num comunicado do sindicato.

Neste documento, o STAE alega que “o SEAMS se comprometeu a pagar os subsídios de refeição dos turnos extra em atraso a partir do presente mês, a analisar juridicamente outros pagamentos em atraso, a reabrir todas as ambulâncias de emergência na cidade de Lisboa que o INEM decidiu encerrar, entregou uma proposta de carreira e agendou uma próxima reunião”.

“O STAE comprometeu-se a realizar um plenário sindical com os trabalhadores para transmitir o conteúdo da reunião, pondo em cima da mesa a hipótese de ser desconvocada a greve à realização de trabalho extraordinário”.

No entanto, prossegue o sindicato, e em virtude de “o SEAMS não ter entregue (apesar de solicitado) nenhum compromisso escrito nas promessas apresentadas e do facto da proposta de carreira não comtemplar a maioria das reivindicações do STAE apresentadas noutros momentos negociais e ainda, ao contrário de todas as outras propostas, impossibilitar os Técnicos Operadores de Telecomunicações do INEM de acederem à carreira especial, foi decidido por unanimidade manter a greve”.

“O que está em causa é que o suposto início da ronda negocial pelo SEAMS teria como objetivo apenas demover os trabalhadores da greve e não discutir a carreira dos técnicos do INEM”, prosseguiu.