A taxa de natalidade voltou a crescer em Portugal em 2010, registando-se mais 1.931 nascimentos em relação ao ano anterior, segundo o estudo Natalidade, Mortalidade infantil, fetal e perinatal 2006/2010 da Direcção-Geral da Saúde (DGS).
“Observou-se para Portugal um recrudescimento da taxa de natalidade para 9,5 nascimentos por cada 1.000 nados vivos, correspondendo a mesma a um aumento de cerca de 1.931 nados vivos face aos valores do ano anterior”, referem os dados da DGS elaborados a partir de informação disponibilizada pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
Segundo a DGS, registou-se um comportamento idêntico em quase todas as Regiões de Saúde, com exceções no Norte, que manteve a taxa de natalidade, e na Região Autónoma da Madeira cuja taxa diminuiu em relação a 2009.
Por distritos o padrão observado foi muito semelhante ao das respetivas Regiões de Saúde tendo-se mantido a subida desta taxa, com exceção nos distritos de Braga e Guarda, que registou uma quebra, e nos de Leiria e Viseu onde esta se manteve nos valores do ano de 2009.
A mortalidade infantil apresentou uma diminuição de 3,6 para 2,6/1000 nados vivos (nv), o que representa um decréscimo de 1,0/1000 nv em relação ao ano 2009, resultante da observação de menos 103 óbitos infantis.
Em todas as Regiões foi consistentemente verificada a diminuição desta taxa exceto na Região Autónoma dos Açores.
Nas Regiões de Lisboa e Vale do Tejo e na Região Autónoma dos Açores esta taxa foi superior à taxa nacional, adianta a DGS.
Por distritos também se verificou a genérica diminuição da taxa de mortalidade relativamente a 2009, com exceção dos distritos de Bragança e Guarda.
A taxa de mortalidade neonatal - número de óbitos de crianças com menos de 28 dias de idade observado durante um determinado período de tempo – também baixou, registando-se menos 76 óbitos em relação a 2009.
Na região de Lisboa e Vale do Tejo e nos Açores registaram-se valores acima da taxa nacional.
Por distritos também se verificou o decréscimo desta taxa com exclusão nos distritos de Bragança e Guarda, onde cresceu, e Braga onde a taxa foi exatamente a mesma do ano anterior, adianta a DGS.
A taxa de mortalidade perinatal - número de mortes fetais de 28 ou mais semanas de gestação até sete dias de idade – fixou-se em 2010 em 3,5 por 1.000 nados vivo, uma diminuição de 1,1 relativamente ao ano anterior.
Segundo a DGS, foram registados menos 100 óbitos nas suas componentes (fetal tardia e neonatal precoce com menos 51 e 49 óbitos, respetivamente em 2009 e 2010).
As Regiões de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, do Alentejo, do Algarve e a Região Autónoma dos Açores registaram taxas com valores superiores à taxa nacional.
Por distritos esta taxa manteve o comportamento de redução, relativamente a 2009, com exceções nos distritos da Guarda e Beja onde ocorreram aumentos dos respetivos valores.
26 de dezembro de 2011
@Lusa
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