Rosamund Lewis alerta que, entre os casos atuais de infeção humana pelo vírus Monkeypox, há uma maior proporção de pessoas com lesões mais concentradas na região genital e às vezes quase impossíveis de ver.
"Pode ter-se essas lesões por duas a quatro semanas (e) elas podem não ser visíveis para os outros, mas o portador pode ser infecioso", explicou.
Numa sessão pública na segunda-feira, a médica Rosamund Lewis, da Organização Mundial da Saúde (OMS), disse que foi fundamental enfatizar que a grande maioria dos casos registados em dezenas de países em todo o mundo foram detetados em homens que têm sexo com homens, para que os cientistas possam estudar mais esta questão.
A especialista exortou aqueles que estão em maior risco que devem ser cuidadosos. "É muito importante descrever isto, porque parece haver um
aumento num modo de transmissão que pode ter sido pouco reconhecido no passado'', disse Lewis. "No momento, não tememos uma pandemia global", acrescentou.
"Estamos preocupados que os indivíduos possam adquirir este infeção através da exposição de alto risco se não tiverem informações que precisam para se proteger", disse ainda.
A especialista alertou que qualquer pessoa está em risco potencial para a doença, independentemente da sua orientação sexual. Outros especialistas apontaram que pode ser acidental que a doença tenha sido apanhada pela primeira vez em homens gays e bissexuais, afirmando que a doença pode rapidamente espalhar-se para outros grupos se não for restringida.
Na semana passada, a OMS anunciou que 23 países que nunca tiveram casos de vírus Monkeypox relataram mais de 250 episódios de doença. Na segunda-feira, o Reino Unido anunciou mais 71 casos deste vírus. Em Portugal, há atualmente 96 casos registados.
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