Esta colaboração pretende curar pelo menos 60 por cento das crianças com seis dos tipos mais comuns cancro, em todo o mundo, até 2030
A iniciativa global irá tentar aumentar o acesso ao tratamento para crianças com cancro e melhorar a qualidade desses mesmos tratamentos através da criação de centros nacionais de excelência.
Por outro lado, a intenção é também a de promover a integração do cancro infantil nas políticas nacionais de forma a garantir uma maior probabilidade de sobrevivência a todas as crianças afetadas pela doença.
“Não podemos tolerar um mundo em que apenas algumas crianças têm acesso a tratamentos contra o cancro”, disse James R. Downing, presidente e CEO do St. Jude.
“O St. Jude foi fundado tendo como base a ideia de que nenhuma criança deveria morrer. Temos conseguido promover essa visão para muitas crianças com cancro, mas a dura realidade é que, na maioria dos lugares em todo o mundo, 4 em cada 5 crianças com cancro ainda morrem como consequência da doença. Nós podemos mudar isso.
Esta iniciativa irá fornecer as ferramentas e os recursos para moldar a maneira de enfrentar o cancro infantil mundialmente, encorajando sistemas nacionais de saúde que tornem o cancro infantil numa prioridade, de forma a melhorar drasticamente as taxas de cura destas crianças”, continuou.
Ao combinar os pontos fortes do St. Jude e da OMS, esta colaboração irá fornecer uma plataforma de apoio aos esforços de implementação nos países para o controle do cancro infantil.
A iniciativa combina o suporte técnico especializado do St. Jude com um investimento programático designado de 15 milhões de dólares (cerca de 12,9 milhões de euros) com a autoridade da OMS no seu trabalho junto a governos e líderes em sistemas de saúde em âmbito regional e global.
As atividades incluirão o suporte ao tratamento clínico para as crianças mais vulneráveis, garantindo que todas as crianças com cancro possam ter acesso a tecnologia e medicamentos de alta qualidade, e fortalecendo os programas de treino mediante a criação de centros de excelência.
Para ser uma iniciativa global e sustentável, esta colaboração espera ser o catalisador de um esforço mais amplo que permita contribuições fundamentais de líderes de países e organizações dedicadas a melhorar as condições de saúde das crianças com cancro. Esses grupos incluem organizações com relacionamentos oficiais com a OMS, como a International Society of Paediatric Oncology, a Childhood Cancer International e a Union for International Cancer Control.
“É uma honra para nós trabalhar com a OMS para reunir os diversos provedores de tratamento de saúde, defensores dessa causa e investigadores que têm trabalhado para vencer o cancro infantil em todo o mundo”, disse o Carlos Rodriguez-Galindo, vice-presidente executivo e presidente do Departamento de Medicina Pediátrica Global do St. Jude.
“Articular uma resposta mundial com a participação da OMS é um grande passo e o início de uma nova era no combate para salvar a vida de crianças com cancro”, afirmou.
O St. Jude investe há mais de duas décadas em líderes e programas locais nos países em que os recursos são limitados para melhorar a qualidade do tratamento e os resultados na condição de saúde de crianças e adolescentes.
Em março de 2018, o hospital foi nomeado o primeiro Centro Colaborativo para o Cancro Infantil da OMS; nesse mesmo ano, em maio, lançou o St. Jude Global, que envolveu um investimento inicial de 100 milhões de dólares (cerca de 86 milhões de euros) para melhorar as taxas de sobrevivência do cancro infantil em todo o mundo através do desenvolvimento de iniciativas regionais, nacionais e em hospitais específicos nos campos de educação, formação e pesquisa.
Fonte: PIPOP
Comentários