28 de janeiro de 2013 - 11h14
A Sociedade Portuguesa da Contraceção reforça a segurança do uso da pílula contracetiva, depois da morte de quatro jovens em França por causa da toma do fármaco Diane 35.
A SPDC recorda que “para além da pílula ser um dos medicamentos mais estudados, é também o método de contraceção mais utilizado, sendo usada por milhões de mulheres em todo o mundo”.
A investigação em torno da pílula tem sido permanente no sentido da redução dos riscos, com diminuição da dose de estrogénios, a introdução recente de estrogénios naturais e o desenvolvimento de progestativos com uma ação progressivamente mais seletiva.
O tromboembolismo venoso, embora raro, é um dos riscos que tem levantado mais preocupação, pela sua gravidade, relativamente ao uso da pílula. 
A evidência científica é de que o risco de tromboembolismo venoso nas não utilizadoras de pilula é de 4-5/10 000 mulheres em idade reprodutiva e nas utilizadoras de pílula é de 9-10 /10 000. Em comparação, o risco de tromboembolismo associado a gravidez é de 29/10 000 mulheres e aumenta para 300-400/10 000 no pós-parto imediato”.
Não é a primeira vez que têm surgido notícias sobre os riscos da pílula: o primeiro grande alarme ocorreu em 1995 na sequência de um artigo publicado no jornal médico Lancet com referência a pílulas contendo desogestrel e gestodeno. 
A recente polémica em torno do uso da pílula teve origem em França, onde a agência nacional de medicamentos relacionou a pílula Diane 35, distribuído pela Bayer, a quatro mortes por trombose venosa.
SAPO Saúde