Segundo a SPEPH, que defende há muito a reformulação da formação de todos os intervenientes na emergência médica, para lhes dar mais competências e autonomia, o protocolo tem a duração de três anos.

Fonte da SPEPH disse ainda à Lusa que a sociedade conta já com o apoio de entidades dos Estados Unidos, na área da Emergência Médica/Paramedicina.

Está igualmente em contactos com outras entidades com as quais a SPEPH tem parcerias a nível internacional.

No início deste mês, em comunicado, a SPEPH tinha proposto, no âmbito da formação, a criação de três novos cursos, defendendo que os operacionais de emergência médica pré-hospitalar (ambulâncias), deviam passar a ser designados de paramédicos, à semelhança do que acontece noutros países.

A organização defendeu ainda a reestruturação urgente do Sistema Integrado de Emergência Médica e recomendou a criação dos cursos de Técnico de Emergência Médica – Nível 1, Técnico de Emergência Médica - Nível 2 e Curso de Paramédico - Nível de Ensino Superior.

“Esta formação irá indiscutivelmente dotar os operacionais de mais conhecimentos e mais competências, que fazem a diferença entre a vida e a morte”, referia a nota da SPEPH divulgada na altura.

Segundo disse à Lusa Carlos Silva, da Sociedade Portuguesa de Emergência Pré-Hospitalar, “estes cursos seriam abertos a todos os intervenientes na assistência pré-hospitalar, nomeadamente INEM, bombeiros e Cruz Vermelha”.

“Portugal detém um modelo de formação (emergência médica pré-hospitalar) que se encontra claramente descontextualizado, onde os operacionais não detêm competências para atuar da forma como o país e os portugueses merecem e precisam”, considerou a sociedade, dando como exemplo o curso TEPH, ministrado pelo INEM, “que até hoje não foi concluído”.

“Temos a convicção de que estes operacionais poderiam fazer a diferença neste quadro de pandemia que infelizmente vivenciamos”, afirmou.

A SPEPH tem vindo a desenvolver diligências para concretizar a existência da disciplina de paramedicina em Portugal.

Na nota divulgada no início do mês, a Sociedade Portuguesa de Emergência Pré-Hospitalar defendeu a aplicação do termo paramedicina para descrever a disciplina de Emergência Médica Pré-Hospitalar e o título de paramédico para "titulo genérico da pessoa que presta socorro".

"À semelhança de outros países, que assumiram esta designação há cerca de quatro décadas", acrescenta.

Segundo dados do sindicato, há em Portugal cerca de 1.200 técnicos de emergência pré-hospitalar e cerca de 14.000 tripulantes de ambulância de socorro.