O trabalho, realizado pelo grupo de investigação Cibersam, dirigido pelo catedrático da Universidade de Granada e da Unidade de Saúde Mental do Hospital de San Cecílio de Granada, Jorge Cervilla Ballesteros, vai ajudar a personalizar o diagnóstico e o tratamento dos pacientes e poderá ter implicações importantes nas prestações sociais dadas a estes doentes atualmente, informou a instituição académica.
O estudo pioneiro corroborou empiricamente que, do ponto de vista dos seus sintomas mentais, os três tipos de psicose são significativamente distintos, algo que até ao momento só estava comprovado por definições teóricas não demonstradas cientificamente.
A psicose faz referência a um estado mental descrito como uma cissão ou perda de contacto com a realidade. As pessoas que sofrem de psicoses podem apresentar alucinações ou delírios e ter alterações na sua personalidade e pensamento desorganizado.
Estes sintomas podem estar acompanhados por um comportamento invulgar ou estranho, assim como pela dificuldade em atuar socialmente e pela incapacidade para levar a cabo atividades da vida diária.
De acordo com o professor Jorge Cervilla Ballesteros, as “psicoses são os transtornos mentais mais graves que se manifestam com sintomas no qual o paciente sofre distorções na sua perceção ou entendimento da realidade”.
Na sua opinião, esta investigação é “um passo de gigante” no diagnóstico das psicoses pelas suas implicações para as prestações sociais que recebem os doentes.
O estudo proporciona também as chaves para redefinir os subtipos das ditas psicoses que, segundo os seus autores, “devem ser perfilados em função da intensidade encontrada nas distintas dimensões de sintomas (maníaca, negativa, depressiva, positiva e cognitiva)”.
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