25 de junho de 2013 - 17h13
Perto de 500.000 mulheres, que apresentam um risco elevado de cancro da mama, deviam ter acesso a medicamentos a título preventivo através do serviço público de saúde britânico, recomendou hoje o Instituto Nacional de Saúde do Reino Unido.
O cancro da mama é o tumor maligno mais comum no Reino Unido, onde é diagnosticado a 50.000 mulheres e 400 homens anualmente, segundo a agência France Presse.
Uma pessoa em cada cinco atingidas tem antecedentes familiares, lembra o National Institute for Health and Care Excellence (NICE), encarregado de divulgar recomendações sobre os tratamentos e práticas médicas no serviço público de saúde em Inglaterra e no País de Gales.
As mulheres que têm uma predisposição podem escolher a solução da mastectomia (remoção dos seios) para evitar o desenvolvimento do cancro, mas esta é “uma intervenção forte e traumática”, sublinha o NICE.
Assim, considera que as mulheres deviam também “ter acesso a tratamentos com medicamentos”, como o Tamoxifeno ou o Raloxifeno.
Estudos têm mostrado a eficácia daqueles medicamentos que não têm uma licença no Reino Unido como tratamento preventivo, indica o Instituto britânico. Os medicamentos já são utilizados com esse fim nos Estados Unidos.
Tomados diariamente durante cinco anos, os medicamentos podem diminuir em 30 ou 40 por cento os riscos em pacientes com mais de 35 anos, segundo a AFP.
O NICE assinala que ao prevenir o desenvolvimento de cancros e, portanto, ao evitar outros tratamentos, aqueles medicamentos permitem também uma economia significativa para o serviço de saúde britânico em tempos de austeridade.
A atriz norte-americana Angelina Jolie, de 37 anos, revelou em meados de maio ter realizado a ablação dos dois seios por ter um risco muito elevado de cancro devido a uma predisposição genética.
Lusa