Têm vindo a ser utilizadas na alimentação humana ao longo de séculos, sendo a China o maior produtor mundial. As sementes de cânhamo não têm propriedades estupefacientes, como acontece com a Cannabis sativa, uma vez que a concentração de tetrahidrocanabinol, o princípio ativo da canábis, é muito baixo. Este alimento pode ser ingerido cru ou cozinhado em associação com outros alimentos.

Pode ser extraído um líquido a que se dá o nome de leite de cânhamo e também é possível produzir infusões. São excelentes fornecedoras de ácidos gordos essenciais e de proteínas, com uma completa gama de aminoácidos. Os seus efeitos na saúde têm vindo a ser testados em ratinhos e têm surgido estudos que lhes atribuem propriedades antioxidantes e imunomoduladoras.

De acordo com os cientistas que têm levado a cabo várias experiências em laboratório, as sementes de cânhamo podem espoletar uma resposta orgânica contra determinados microorganismos, incluindo vírus, bactérias e protozoários, animais de corpo unicelular ou formado por uma colónia de células iguais. Os ensaios clínicos em seres humanos são, todavia, ainda escassos.

Texto: Miguel Rego (nutricionista) com Luis Batista Gonçalves (edição internet)