A romã é um fruto típico do inverno, muito apreciado pela sua cor e especialmente pelo seu sabor. Tem a sua origem e cultivo nos países do Mediterrâneo. Pode ser consumida fresca ou sob a forma de sumo, embora por vezes possa ter um travo adstringente devido ao teor de taninos. As suas sementes têm uma polpa comestível que combina muito bem com pratos de carne, conferindo-lhes um sabor adocicado e um aroma perfumado.
Também pode ser consumido em associação com o iogurte ou sob a forma de compota. Nas suas propriedades nutricionais destacam-se o elevado teor de polifenois, como os taninos e os flavonóides, as antocianinas, que lhe conferem a sua coloração carmin, e vitaminas como a vitamina C (13 mg/100 g) e a fibra alimentar (3,4 g /100 g). Têm sido apontadas à romã propriedades benéficas para a saúde humana.
Os seus efeitos na prevenção de fenómenos de oxidação celular devido ao seu elevado potencial antioxidante maior do que o do vinho tinto e do chá verde, na redução da proliferação celular de células cancerígenas da próstata, em laboratório, in vitro e em modelos animais, têm sido reconhecidos e elogiados. Alguns ensaios clínicos têm vindo a demonstrar resultados promissores na inibição da mestatização celular deste tipo de cancros.
Tem sido igualmente estudado o seu efeito na recuperação muscular após exercícios de força, estando associado a uma redução da sensações de dor muscular. Tenha, contudo, em atenção que o sumo de romã pode inibir a enzima responsável pela metabolização de fármacos, como a varfarina, pelo que o seu consumo é desaconselhado a pessoas que estejam a fazer esta terapêutica anticoagulante.
Texto: Miguel Rego (nutricionista)
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