O secretário de Estado da Saúde cessante, Óscar Gaspar, defendeu hoje à Lusa a criação de um limite de endividamento para os hospitais  como forma de controlar o crescimento das dívidas e o atraso nos pagamentos aos fornecedores.

«Devia haver uma regra segundo a qual, chegados a um determinado nível de endividamento em função do capital social do hospital, essa unidade de saúde devia ser obrigada a obter uma autorização prévia da tutela para se endividar mais», defendeu o governante como forma de fazer cumprir o acordo de resgate financeiro, que vai obrigar os hospitais a pagarem aos fornecedores no prazo máximo de 90 dias.

De acordo com o acordo de resgate financeiro, o novo Executivo terá de «realizar e publicar um levantamento completo dos pagamentos em atraso abrangendo todas as categorias de despesa vencida e vincenda até ao fim de junho», não só da Administração Pública tradicional, mas também de todas as empresas públicas, ou seja, aquelas «que não integram o perímetro de consolidação». Depois, no máximo até setembro, terá de estar definido um «calendário ambicioso e vinculativo para liquidar todos os pagamentos em atraso».

17 de junho de 2011

Fonte: Lusa/SAPO