Com a chegada da primavera chegam também os sintomas da rinite alérgica, uma patologia que, segundo um estudo da Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica (SPAIC), afeta 2,5 milhões de portugueses. No entanto, apenas um terço dos doentes foram previamente diagnosticados (30 por cento) ou tomaram medicação no último ano (34 por cento), números que demonstram que a doença é subvalorizada, subdiagnosticada e pouco ou mal tratada.
Mário Morais de Almeida, presidente da SPAIC, explica que “a rinite alérgica continua a ser subvalorizada, também pelos próprios doentes, que evitam tomar os medicamentos devido à convicção de que lhes vão provocar sonolência e muitas vezes nem procuram o médico assistente por acharem que se trata de uma constipação, mas que os incomoda semanas a meses... Devemos lembrar que a rinite alérgica é uma doença inflamatória crónica que precisa de ser tratada e que os medicamentos actuais permitem controlar bem a doença sem terem efeitos adversos significativos.”
Segundo o comunicado da SPAIC, os anti-histamínicos não sedativos constituem frequentemente o tratamento inicial para a rinite alérgica, mas é bem sabido que um dos principais efeitos secundários dos medicamentos mais antigos é a sonolência, razão por que por vezes até são utilizados para induzir o sono ou para provocar sedação. Este é o motivo pelo qual muitos doentes recusam tratamentos anti-histamínicos, pela convicção de que vão interferir com a sua atividade laboral ou escolar.
A rinite alérgica sazonal, aquela que mais se manifesta na primavera e outono, é uma alergia ao pólen que o ar transporta, cujos principais sintomas são olhos lacrimejantes, espirros, comichão, congestão nasal, tosse e, por vezes, dores de cabeça. É uma doença mais frequente no sexo feminino e na região do Alentejo.
03 de maio de 2012
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