Todas as instâncias da justiça britânica, incluíndo o Tribunal de Recurso e o Supremo Tribunal, decidiram a favor do Hospital Pediátrico Alder Hey, em Liverpool, que quer dar por encerrado o tratamento paliativo prestado a um menino com doença terminal que só respira com a ajuda de aparelhos de ventilação.

O Tribunal Europeu de Direitos Humanos também rejeitou o pedido de recurso apresentado pelos progenitores que visava travar o fim do tratamento.

Os pais de Alfie, Tom Evans e Kate James, tentaram na segunda-feira obter uma nova prorrogação do tratamento paliativo, depois de Itália conceder nacionalidade ao bebé. Os progenitores pretendem levar o filho para um hospital de Roma onde poderá receber tratamento.

Durante uma audiência na segunda-feira à noite, o juiz Anthony Hayden rejeitou o pedido e autorizou os médicos a dar por terminado o atendimento a Alfie. Sem o aparelho de ventilação, a criança acabará por morrer.

Na audiência, o juiz frisou que Alfie é um cidadão britânico e, portanto, está sujeito às decisões da justiça no Reino Unido.

Menino está no hospital há quase um ano e meio

Alfie nasceu a 9 de maio de 2016 e sofre de uma rara doença neurológica degenerativa. Está hospitalizado desde dezembro de 2016 em Liverpool.

Na segunda-feira, 200 manifestantes reuniram-se em frente ao hospital, rezaram o "Pai Nosso" em conjunto e gritaram "Salvem Alfie Evans".

"O meu filho pertence a Itália", afirmou Tom Evans, antes de declarar que não vai abandonar a criança nem deixar que lhe tirem os aparelhos que o mantêm vivo.

O papa Francisco já se pronunciou a favor do menino e fez vários apelos pela continuidade do tratamento.

O pontífice recebeu ainda, em ambiente privado, Tom Evans.