Paulo Macedo, assegura que o Governo vai prosseguir "na senda da racionalidade" do medicamento para garantir a sustentabilidade do Serviço Regional de Saúde.

"Continuaremos nessa senda de racionalidade porque a mesma é indispensável aquilo que nós pretendemos, que é manter uma resposta aos nossos cidadãos no âmbito do Serviço Nacional de Saúde", disse Paulo Macedo no âmbito de uma conferência de imprensa para fazer o balanço da visita que efetuou à Madeira para se inteirar das medidas adotadas no combate ao mosquito Aedes aegyti, o principal transmissor do dengue.

O governante reagia assim ao estudo da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP) que conclui que o racionamento de medicamentos nos hospitais portugueses apresenta "problemas éticos substanciais" e, no limite, "viola" a Constituição da República.

"O que temos vindo a dizer, e tem havido um consenso, é que há absolutamente uma necessidade de racionalização, ou seja, nós na parte do medicamento vemos que é possível racionalizar", sublinhou Paulo Macedo.

O responsável referiu que tem sido "feito um esforço muito significativo para racionalizar na parte do medicamento do ambulatório", mas, acrescentou, "na parte hospitalar, essa racionalização tem ficado aquém do que seria desejável".

O ministro adiantou que o Governo continuará a "tomar todas as medidas que forem necessárias para assegurar a sustentabilidade do Serviço Nacional de Saúde, ou seja para assegurar que em situações como esta [dengue na Madeira], ou situações de surto de gripe ou quaisquer outros casos muito mais graves, o SNS continue a responder com qualidade aos cidadãos".

O estudo, realizado no Serviço de Bioética e Ética Médica da FMUP, foi apresentado ontem na secção Regional Norte da Ordem dos Médicos.

11 de dezembro de 2012

@Lusa