Em comunicado, a Quercus felicita o Governo pelas medidas anunciadas, bem como por ter classificado o amianto como um assunto prioritário, dando cumprimento às recomendações do Comité Económico e Social Europeu no parecer publicado em 2015.

“A Quercus aproveita para recordar a importância de executar o Plano Nacional para o Amianto, que permita aferir o trabalho realizado no levantamento aos edifícios públicos com amianto, bem como identificar todos os materiais contendo amianto, avaliar a exposição e todas as situações prioritárias”, refere a associação no comunicado.

Na nota, a Quercus chama a atenção para a necessidade de as intervenções serem executadas “com controlo e rigor, permitindo a remoção criteriosa dos materiais contaminados com fibras de amianto”.

A Quercus reforçou também a necessidade de “regular o mercado de trabalho das empresas que removem amianto em Portugal, através da criação de um modelo de licenciamento e acreditação das empresas e dos trabalhadores envolvidos”.

Na semana passada, o Governo anunciou que vai dar prioridade à retirada do amianto dos edifícios públicos que apresentem projetos com garantia de aumento da eficiência energética.

O ministro do Ambiente, João Matos Fernandes, disse que “existem 2.000 edifícios públicos ainda com amianto” e sem alocação de fundos para os trabalhos para a sua retirada. João Matos Fernandes falava após a reunião extraordinária do Conselho de Ministros dedicada ao ambiente e que decorreu no convento da Arrábida, no concelho de Setúbal.

Segundo o governante, “a priorização dos investimentos está por fazer e cabe a cad ministério promover as obras para a eficiência”.

As obras do amianto podem ser realizadas através do programa para a eficiência energética dos edifícios da Administração Pública, área que tem uma verba de 200 milhões de euros.