A organização tinha solicitado aos participantes que comparecessem num horário específico, dependendo da primeira letra do sobrenome, para evitar aglomerações e respeitar o limite de 200 pessoas em atividades ao ar livre, e para que desta forma o número total de manifestantes pudesse ser maior no final da jornada.
Os manifestantes exigiram o fim da máscara obrigatória, que entrou em vigor esta semana na capital belga, e a demissão de especialistas em saúde pública que assessoram o governo belga sobre medidas para prevenir a propagação da Covid-19.
Em declarações à rede LN24, um dos organizadores do evento fez um apelo para que se deixe de orientar as decisões de saúde pública tendo em conta os conselhos do virologista Marc Van Ranst e do epidemiologista Yves Van Laethem, por considerar que estão “do lado de Bill Gates”.
Em declarações à rádio pública RTBF, outros participantes afirmaram que esses especialistas “recebem envelopes das grandes empresas farmacêuticas” e que o vírus foi “criado para esconder um colapso dos mercados”.
Num manifesto publicado antes do início do protesto os organizadores rejeitam que as suas alegações sejam conspiratórias e afirmam acreditar na existência da doença, embora questionem o seu alcance.
“Acreditamos que as medidas tomadas pelo governo são desproporcionais à escala e ameaça da doença. Esta crise é pequena se comparada à gripe espanhola de há um século”, afirmam.
Os organizadores, que criticam especialmente a obrigação de usar máscara e argumentam que a vizinha Holanda não a impôs aos seus cidadãos, incitaram os manifestantes a cumprir o regulamento e a cobrir o nariz e a boca para protestar.
No entanto, as fotos que circularam nas redes sociais mostram grupos de pessoas sem máscara ou com ela cobrindo apenas o queixo, o que atualmente é ilegal na Bélgica, exceto para menores de 12 anos ou para os que fazem intenso esforço físico.
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