Profissionais do hospital materno-infantil D. Estefânia, Lisboa, manifestam-se hoje, em silêncio, nas instalações hospitalares contra o que dizem ser o “desmembramento” da unidade pediátrica e da sua maternidade, segundo os organizadores da iniciativa.
Aproveitando o Dia Mundial da Criança, profissionais do D. Estefânia e cidadãos pretendem “manifestar-se em silêncio contra mais um passo da ministra da Saúde” no sentido do "desmembramento" do hospital, sobretudo com o encerramento da maternidade previsto para o dia 06 de junho, a seguir às eleições.
Em declarações escritas à agência Lusa, a Plataforma Cívica em Defesa do Património do Hospital D. Estefânia explica que profissionais da unidade sairão, pelas 13:00, para os pátios da instituição, para “denunciar a hipocrisia dos discursos oficiais a favor da criança”.
Os organizadores apelam a todos os cidadãos que queiram manifestar a sua solidariedade por “esta causa” para que compareçam nos passeios envolventes ao Hospital, onde será lançado um abaixo-assinado a enviar à nova Assembleia da República e novo Governo em defesa do património da unidade.
“O Ministério da Saúde, mesmo em gestão, continua a destruir o Hospital D. Estefânia e a preparar a diluição e desmembramento dos cuidados materno-infantis especializados aí prestados para os integrar num hospital de adultos – futuro Hospital de Todos os Santos, em Chelas”, refere a plataforma.
O grupo de cidadãos lembra que o bloco de partos do hospital encerrará “no dia imediato aos portugueses votarem”, considerando que a escolha da data é intencional e “alheia a qualquer racionalidade”.
A plataforma de defesa do Hospital Dona encara com grande preocupação o encerramento da maternidade daquela unidade, alertando que pode comprometer o tratamento e recuperação de muitos recém-nascidos.
“Uma situação conjuntural serviu para suportar uma decisão que afeta gravemente a rede de cuidados perinatais diferenciados e os cuidados cirúrgicos neonatais, podendo limitar, à nascença, o potencial de tratamento e recuperação de muitos recém-nascidos gravemente doentes”, refere.
01 de junho de 2011
Fonte: Lusa/SAPO
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