
Segundo o BE, trata-se de "drosophila suzukii", uma praga de origem asiática que, em Portugal, não se tem desenvolvido muito em anos anteriores porque o inseto morre quando a temperatura atinge os 30ºC.
"Porém, este ano, com temperaturas na ordem dos 25ºC e elevada humidade atmosférica, a praga proliferou e está a inviabilizar toda a produção de mirtilos. O inseto perfura o fruto maduro e no interior eclode uma pequena larva que destrói a baga", explica.
O BE refere que, "quando uma região é atacada por esta praga, a exportação do produto fica imediatamente bloqueada".
Perda de 80% da produção
Esta situação surge depois de "um problema inicial na colocação dos frutos no mercado europeu, destino de grande parte da produção de Lafões", devido às chuvas e ao frio, que atrasaram a maturação, explica. Seguiu-se "um período de chuva que impediu a colheita, com consequências na qualidade do fruto e na exportação, que perdeu a vantagem de ser temporã", acrescenta.
De acordo com o BE, na região de Lafões e em Castro Daire existem cerca de 250 produtores, com uma área de 600 hectares, onde predominam os pomares de mirtilos.
"Resultante da praga, calcula-se uma perda de 80% desta produção, o equivalente a 14,4 milhões de euros de prejuízo, considerando uma produtividade de seis toneladas por hectare e uma expectativa de venda de cinco euros o quilo", refere.
O BE alerta que "a campanha deste ano é catastrófica" e pede a intervenção urgente do Ministério da Agricultura.
Na sua opinião, "é preciso que os produtores com projetos financiados pelo PRODER e PDR em curso não sejam penalizados por incumprimento do plano de produção previsto no respetivo projeto, quando for feita ação de controlo de faturação".
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