Este exercício com duração de cinco dias - que envolveu ainda a Autoridade Nacional da Proteção Civil (ANPC), PSP, Força Aérea, Direção-Geral da Saúde e Agência Portuguesa do Ambiente – culminou hoje com uma demonstração no Regimento de Lanceiros N.º 2, na Amadora, com um simulacro de um acidente entre duas viaturas, transportando uma matéria perigosa contagiosa.

“As capacidades que hoje aqui vimos, que foram treinadas no exercício, estão ao nível das melhores da Europa e portanto estamos aptos a responder num ambiente de complexidade, em que a sinergia é fundamental”, assegurou aos jornalistas o comandante das Forças Terrestres do Exército Português, general Faria Menezes.

Para o responsável, este exercício é claramente o sinal de futuro: “agências diversas, a responder prontamente, em conjunto, a uma ameaça para sentir os cidadãos bem protegidos”.

“A ameaça, quando aparecer, não pode ser tomada como improviso. Levantamos cenários, temos as forças prontas e criamos as sinergias com as várias entidades”, enfatizou, destacando que “estes exercícios, de ano para ano, têm vindo a crescer”, sendo o “desempenho cada vez melhor”.

Já o comandante operacional distrital de Setúbal da ANPC, Elísio Oliveira, explicou que “ao longo de cinco dias, mais de 150 operacionais de diferentes entidades trabalharam em conjunto com o objetivo de minimizar consequências, estabelecer protocolos de atuação, acima de tudo operacionalizar aquilo que cada uma das entidades participantes neste exercício Celullex, organizado pelo Exército Português, tinha como objetivo”.

“Cada uma das entidades - e dependendo do nível da ameaça – consegue responder em tempo útil”, assegurou o responsável.

De acordo com Elísio Oliveira, a ANPC “produziu uma diretiva operacional nacional, que está em vigor há quatro anos, que estabelece os procedimentos para cada uma das entidades”.

“Em Portugal, cada uma das entidades, desde o momento de alerta até à resposta final, sabe exatamente qual o seu papel e aquilo que deve ser efetuado. Estes procedimentos estão normalizados”, destacou.

No Regimento de Lanceiros N.º 2 os convidados, entre os quais alunos das escolas da Amadora, puderam assistir ao simulacro de uma operação que utiliza equipamentos que não se veem no dia-a-dia.

Perante o choque entre as viaturas, entraram em ação bombeiros, proteção civil, PSP e o Elemento de Defesa Biológica, Química e Radiológica do Exército, que neutralizaram a ameaça e cumpriram todos os protocolos de segurança.