10 de fevereiro de 2014 - 15h18

O parlamento dos Açores recebe esta semana uma petição que pede a remoção dos telhados de amianto da escola das Capelas, no concelho de Ponta Delgada, promovida por encarregados de educação que alertam para "vários casos" de cancro.

As representantes dos encarregados de educação no Conselho Pedagógico e na Assembleia de Escola da EBI das Capelas estiveram hoje no parlamento dos Açores, em Ponta Delgada, numa audiência com deputados do PSD, tendo ficado a saber-se que já reuniram assinaturas suficientes (mais de 500) para entregar a petição à presidente da Assembleia Legislativa Regional, o que prometem fazer esta semana.

"Existem leis para remoção do amianto que não estão a ser aplicadas e a escola das Capelas, construída há 30 anos, nunca sofreu obras de remodelação. Está degradada, os telhados estão degradados e há mil e tal crianças expostas diariamente ao amianto, assim como docentes", disse aos jornalistas Paula Leite, que representa os pais na Assembleia de Escola.

Paula Leite disse que há "vários casos" de cancro entre alunos e docentes, que lançam a "dúvida" sobre se estarão relacionados com os telhados de amianto.

"Poderão ser associados ou não [ao amianto nos telhados], ninguém pode provar uma coisa dessas. Agora, existindo um problema daqueles na escola, questionamos se será ou não", acrescentou, referindo que há casos de cancro e doenças relacionados com o pulmão.

Segundo a Secretaria Regional da Educação do Governo dos Açores, as seis escolas onde foi identificado amianto sofrerão todas intervenções para o remover e ainda obras de requalificação que estão já calendarizadas.

Assim, na EBS da Calheta, na ilha de S. Jorge, as obras estão em fase de concurso e têm início previsto ainda para este ano, com conclusão em 2017.

Noutras quatro (EBI das Capelas, EBI Canto da Maia, EBI dos Arrifes e EBI de Rabo de Peixe, todas na ilha de S. Miguel), as obras arrancam em 2015 e devem estar acabadas em 2017.

Na EBI da Lagoa, também em s. Miguel, as obras iniciam-se em 2016 e terminam em 2017, sempre segundo a informação disponibilizada pela Secretaria Regional da Educação.

SAPO Saúde com Lusa