Estima-se que cerca de 1 milhão de portugueses sofra de anosmia, a perda total do sentido do olfato. As causas são múltiplas e podem estar relacionadas com doenças da mucosa nasal (como rinite e sinusite), obstrução da fossa nasal ou lesões neurológicas, como traumatismos crânio-encefálicos, envelhecimento ou doença de Alzheimer.
“A anosmia afeta muitas pessoas por razões tão simples como um síndroma gripal que provocou uma lesão irreversível das células que recebem os odores, até situações graves como um tumor ou doença neurológica. As causas mais frequentes, no entanto, são as perdas de olfato parciais, as hiposmias, relacionadas com problemas do nariz ou com o processo de envelhecimento”, explica José Saraiva, Coordenador da Unidade de Otorrinolaringologia do hospitalcuf descobertas.
E acrescenta: “A perda de olfato tem implicações também no paladar e tem também riscos que normalmente são desvalorizados pelas pessoas como o não cheirar o fumo, o gás ou os alimentos estragados, problema grave se nos lembrarmos dos idosos que vivem sozinhos. A perda do olfato tem ainda implicações na qualidade de vida, interferindo no dia-a-dia da pessoa.”
O diagnóstico de anosmia começa pelas queixas de perda de olfato, e por vezes, de paladar, pelo que se recomenda a consulta de um otorrinolaringologista de forma a identificar a causa e realizar os exames necessários para avaliar este problema. Os tratamentos dependem da causa da perda olfativa: no caso de estar relacionada com infeções ou com alergias, recomenda-se o controlo dessas situações, e, no caso de polipose nasal, poderá ser indicado o tratamento cirúrgico para desobstruir as fossas nasais. Existem, no entanto, situações em que a perda de olfato é irreversível, como nas situações de degenerência neuronal, de doença oncológica ou de uma virose causadora de destruição do neuroepitélio olfativo.
A Unidade de Otorrinolaringologia do hospitalcuf descobertas é composta por uma equipa de especialistas com vasta experiência nas diferentes áreas da especialidade. Todos os anos, realizam-se mais de 15 mil consultas e 1.500 cirurgias de Otorrinolaringologia nesta unidade hospitalar.
7 de março de 2012
@LPM Comunicação
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