"Há um bom acolhimento das pessoas, que, no essencial, concordam com a construção da nova maternidade nos Covões", disse à agência Lusa Francisco Queirós, vereador e membro da Comissão Política Concelhia do partido.

O projeto de resolução do PCP, que recomenda a construção de uma nova maternidade junto ao Hospital dos Covões, foi reprovado no dia 15 de novembro no parlamento, com os votos contra de PS e Iniciativa Liberal, a abstenção de Chega, PSD e CDS, e os votos favoráveis dos restantes partidos.

O grupo de trabalho definido pelo Governo para estudar a localização da nova maternidade - constituído por dois elementos da Administração Regional de Saúde do Centro, dois representantes do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra e um da câmara municipal - defende a sua construção no perímetro dos Hospitais da Universidade de Coimbra.

Segundo Francisco Queirós, o espaço junto aos Hospitais da Universidade de Coimbra (HUC) "não suporta mais nenhum equipamento hospitalar por questões urbanísticas e de mobilidade, pelo que importa revitalizar aquele que já foi um hospital central".

"A nossa luta continua, convictos de que esta é a solução que melhor serve a região", salientou ou autarca comunista, referindo que esta é também a posição da "grande maioria da população de Coimbra".

A nova maternidade de Coimbra deverá substituir a Bissaya Barreto e a Daniel de Matos, que realizam aproximadamente 2.500 partos e cerca de 18 mil consultas por ano.

No seu projeto de resolução, o PCP recomendava ao Governo que "proceda à construção de uma nova maternidade em Coimbra que abarque o número de partos das atuais maternidades, junto ao Hospital Geral dos Covões".

O projeto de resolução previa também entretanto "uma intervenção urgente nas atuais maternidades Daniel de Matos e Bissaya Barreto, com vista à modernização e à beneficiação necessárias que travem a sua degradação e assegurem a sua qualidade e segurança".

Os comunistas recomendam que sejam tomadas as "necessárias medidas para a contratação dos profissionais de saúde, cujas carências têm vindo a ser identificadas em cada uma das maternidades, designadamente médicos, enfermeiros, assistentes operacionais e outros profissionais".