Caminhar regularmente ou fazer uma corrida ligeira sobre uma passadeira no ginásio ajuda os doentes com Parkinson a melhorar as suas capacidades motoras e a reforçar a sua autonomia. Quem o defende é a Cochrane Collaboration, uma organização internacional que se dedica a estudar as evidências científicas dos tratamentos médicos. A doença de Parkinson é uma patologia degenerativa, progressiva e incapacitante que se caracteriza pelos tremores e lentidão de movimentos e de discurso.

A dificuldade em andar, bem como episódios de paralisias, aumentam a tendência para quedas e consequentes fraturas. Entretanto, acaba de ser divulgado um novo estudo, publicado pelo Cell Reports, que refere que o cloreto de lítio pode desempenhar um papel importante no atraso do processo de envelhecimento, ajudando a prevenir esta e outras doenças. Uma equipa de investigadores do University College London administrou diferentes doses a adultos.

Os resultados foram surpreendentes. Os idosos a quem foi administrada uma quantidade maior deste componente químico registaram um aumento médio da esperança de vida na casa dos 16%. O cloreto de lítio bloqueia a GSK-3, uma molécula existente no interior das células. A descoberta abre a porta para o desenvolvimento de novos tratamentos e abordagens terapeuticas que também poderão incidir sobre a doença de Parkinson.