Questionado a propósito do Dia Mundial de Luta contra a Sida e sobre a polémica oposição da igreja ao preservativo, o papa argentino mostrou-se descontente e recusou responder diretamente.
"A moral da igreja encontra-se diante de uma perplexidade", reconheceu Francisco no avião que o levava de volta a Roma após uma viagem pela África, onde a Sida continua a ser uma das principais causas de morte evitável.
Assim como os seus predecessores, o Papa não apoia o uso do preservativo: "é um dos métodos" para evitar a propagação do vírus, mas "as relações sexuais devem ser abertas à vida".
"Não gosto de fazer reflexões sobre questões casuísticas quando as pessoas morrem por falta de água e comida (...) A sua pergunta me parece um pouco fechada, uma questão parcial", disse o papa ao jornalista alemão que o entrevistou.
"O problema é maior", insistiu, enumerando a desnutrição, a escravidão, a falta de água potável, o tráfico de armas.
Durante uma viagem a Camarões e Angola em 2009, o papa Bento XVI foi muito criticado pelas posições contra o uso do preservativo.
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