"As medidas draconianas nem sempre são boas", disse o pontífice, numa crítica indireta às restrições impostas em certos países, especialmente em Itália, que proíbem deslocações e, portanto, visitas de religiosos aos fiéis, assim como impedem a celebração de missas e funerais em público.
A declaração foi feita depois de a diocese de Roma, da qual o papa é o arcebispo, anunciar na quinta-feira o encerramento até 3 de abril de todas as igrejas da sua jurisdição para aplicar as "restrições impostas à circulação de pessoas pelo decreto" adotado pelo governo italiano para travar a propagação do vírus.
"Nestes dias, devemos unir-nos aos enfermos e às famílias que padecem desta pandemia", declarou Francisco, citado pela imprensa italiana, na sua missa diária na residência de Santa Marta, a poucos metros da basílica de São Pedro.
O papa concluiu com um pedido aos bispos para que utilizem o "senso comum" para tomar "medidas que não deixem sozinhos" os fiéis, que devem sentir-se acompanhados pelo consolo dos sacramentos e da oração.
A epidemia de Covid-19 foi detetada em dezembro, na China, e já provocou mais de 4.900 mortos, entre mais de 131 mil pessoas infetadas numa centena de países e territórios.
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