O cenário mais provável, disse numa conferência de imprensa online o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, será o de uma diminuição gradual da gravidade da doença, graças a uma melhor imunidade das pessoas, quer por terem sido infetadas quer por terem sido vacinadas.
A OMS publicou uma versão revista do seu plano estratégico para combater a pandemia, tendo o diretor-geral dito esperar que seja o último sobre a doença, que foi detetada pela primeira vez na China em finais de 2019 e se espalhou pelo mundo matando mais de seis milhões de pessoas, de acordo com números oficiais.
“Com base no que sabemos agora, o cenário mais provável é que o vírus continuará a evoluir, mas que a gravidade da doença que provoca diminuirá à medida que a imunidade aumenta com a vacinação e a infeção”, disse Tedros Adhanom Ghebreyesus, alertando que os picos nas infeções poderão reaparecer e que serão por isso necessárias vacinas de reforço, especialmente em pessoas mais vulneráveis.
“Na melhor das hipóteses, veríamos surgir variantes menos severas e não haveria necessidade de novas doses de reforço e vacinas” para as combater, acrescentou o responsável.
Mas “na pior das hipóteses, surge um vírus mais virulento e altamente transmissível”. Face a esta nova ameaça, a proteção das populações – através de vacinação ou infeção anterior – contra formas graves da doença ou morte diminuirá rapidamente”, alertou, reforçando a importância das vacinas e de se atingir a prioridade da OMS, de vacinar 70% da população mundial.
Enquanto vários países já vão na quarta dose, um terço da população mundial continua sem receber sequer uma só dose da vacina contra a doença, incluindo 83% da população de África, lamentou Tedros Adhanom Ghebreyesus.
Na semana passada, mais de 10 milhões de pessoas foram infetadas e 45.000 morreram, de acordo com os números fornecidos à OMS.
A OMS disse que está a rever os dossiers de 10 novas vacinas contra a covid-19, que aguardam autorização de utilização de emergência e que são de diferentes tipos.
Comentários