
Nos anos 80, o VIH era um estigma. António Variações morre em 1984 vítima da doença provocado pelo vírus, a Sida. Freddie Mercury, em 1991, perde a vida no dia seguinte a ter comunicado ao mundo estar infetado com o vírus.
Hoje, a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (SIDA) é uma doença crónica.
Charlie Sheen, estrela de Hollywood que nos entrou na vida pelo cinema e pela televisão, tem o vírus e é uma das 35 milhões de pessoas em todo o mundo que convive com ele.
Sida e VIH são diferentes. Vale a pena repetir: Sida é o acrónimo de Síndrome da Imunodeficiência Humana Adquirida. É um conjunto de sinais e sintomas bem definidos que podem surgir em indivíduos com a infeção pelo VIH. Desde o momento em que se adquire a infeção até que surjam sintomas de doença - fase assintomática que pode durar até 10 anos - o vírus só é detetado com análises específicas.
Esta é a fase da doença em que se diz que o indivíduo é seropositivo. Na evolução da infeção pelo VIH - quando não é administrado qualquer tipo de tratamento - verifica-se uma destruição progressiva do sistema imunitário dando origem à imunodepressão, que permite o aparecimento de infeções oportunistas. Quando uma pessoa infetada pelo VIH tem uma destas infeções passa a dizer-se que tem Sida.
Em 2013, 1,5 milhões de pessoas perderam a vida por causa da Sida.
Como funcionam os antirretrovirais? Para quando uma cura?
Nos países ricos, a presença do VIH é facilmente reduzida no corpo humano a partir da toma de uma combinação de medicamentos antirretrovirais que mantêm a carga viral baixa - quase indetetável -, impedindo a multiplicação do vírus.
Mas, antes de mais, importa frisar que a infeção pelo vírus da Sida é totalmente prevenível. Usar preservativo nas relações sexuais, não partilhar seringas e não entrar em contacto direto com o sangue de outrem são as recomendações elementares.
O VIH é um vírus transmitido pelo sangue e que pode também estar presente no sémen, sendo transmissível pela troca de seringas e relações sexuais. A sua presença pode ser suprimida - mas não eliminada - através da chamada terapia antirretroviral (ART).
Os cientistas procuram, neste preciso momento da ciência, uma cura com recurso a outras drogas que possam precisamente acordar esses compostos latentes do vírus nas células, para depois eliminá-los (com outros fármacos).
As mesmas drogas que mantém os infetados vivos podem também proteger os seus parceiros, mas só se estes as tomarem de forma profilática e sob observação e prescrição médica.
Segundo dados de 2013, apenas 12 milhões de pessoas tomavam estes medicamentos.
Para mais informação consulte o Programa Nacional para a Infeção VIH/Sida da Direção-Geral da Saúde.
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