Um estudo da Universidade da Carolina do Norte avaliou mais de mil atletas que participaram em provas de alta performance e resistência. Durante a investigação, foram recolhidas informações biométricas e os voluntários foram inquiridos sobre os seus hábitos de exercício e vida sexual.

De acordo com a análise, foi constatada uma associação entre o aumento da prática extrema de exercício e quebras nos níveis da libido masculina.

No entanto, o autor do estudo e professor de fisiologia do exercício e nutrição, Anthony Hackney, frisa que a investigação tratou sobretudo atletas sujeitos a níveis extremos de exercício. "Não estamos a falar de pessoas que passam 30 minutos no ginásio, estamos a falar de pessoas que correm 80 quilómetros por semana. Se é sedentário e fisicamente inativo e acima do peso, sabemos que esses indivíduos têm uma libido muito baixa", recorda o investigador.

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"Faça essas pessoas terem atividade física regular e perder peso e a libido aumenta. Mas este estudo mostra que se temos pessoas a praticar grandes volumes de treino a grande intensidade, ano após ano a libido deles diminui", alerta.

Segundo o estudo, o atleta amador Matt Bach, que passou cinco anos a competir em provas de resistência, treinava até 17 horas por semana. Ao longo da sua vida, notou um declínio na qualidade da sua vida sexual. "Não queria usar a cama para nada para além de dormir. Não era normal. A minha libido estava muito baixa e eu sabia que precisava de ajuda", recorda.

Os índices de testosterona de Matt Bach estavam, em maio de 2016, em 153 nanogramas por decilitro de sangue, quando o normal para um homem da sua idade seria algo em torno de 625ng/dl. Bach parou de treinar e em duas semanas o índice saltou para 256ng/dl. Dois meses depois, a testosterona já estava em 308ng/dl.