27 de março de 2013 - 10h03
O número de vítimas do novo coronavírus da família do que causa a Síndrome Respiratória Aguda Severa (SRAS) aumentou para 11, após a morte de mais dois doentes, informou a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Em comunicado, a OMS informa que um homem de 73 anos, nacional dos Emirados Árabes Unidos, morreu na Alemanha na terça-feira, depois de ter sido transferido por ambulância aérea desde Abu Dhabi a 19 de março.
O outro caso foi o de um britânico que tinha viajado para o Paquistão e a Arábia Saudita antes de adoecer e em cuja família foram detetados pelo menos dois outros casos de coronavírus (nCoV).
Até agora, a OMS tem registo de um total de 17 casos confirmados de infeção humana com o nCoV, 11 dos quais resultaram na morte do paciente.
No seu comunicado, a OMS apela aos Estados membros que mantenham a vigilância sobre infeções respiratórias severas agudas e que revejam cuidadosamente qualquer padrão pouco habitual.
A agência das Nações Unidas para a Saúde está atualmente a trabalhar com especialistas internacionais e com os países com casos registados para avaliar a situação e rever recomendações de vigilância e monitorização.
Todos os países devem notificar a OMS de qualquer novo caso de infeção, acrescenta a organização, que por enquanto não recomenda controlos especiais nos pontos de entrada ou restrições a viagens e trocas comerciais.
Os coronavírus são uma vasta família de vírus que inclui os que causam a gripe comum, mas também a SRAS, que em 2003 matou cerca de 800 pessoas numa epidemia que alastrou sobretudo na Ásia.
O novo coronavírus, identificado pela primeira vez em setembro de 2012 após a morte de um doente em junho do mesmo ano, é, no entanto, diferente do que provocou a SRAS, já que causa uma falência renal rápida.
Lusa