Até ao dia 31 de outubro de 2021, foram rastreados 65.637 recém-nascidos no âmbito Programa Nacional de Rastreio Neonatal (PNRN), menos 6.082 face ao mesmo período do ano passado (71.719), segundo dados divulgados pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA).
O maior número de bebés rastreados observou-se nos distritos de Lisboa (19.496) e do Porto (12.182), seguidos de Setúbal (4.879) e Braga (4.821).
Por outro lado, Bragança (421), Portalegre (490) e Guarda (519) foram os distritos com menos recém-nascidos estudados.
O Programa Nacional de Rastreio Neonatal, que cobre quase a totalidade de nascimentos, realiza desde 1979 testes de rastreio de algumas doenças graves, em todos os recém-nascidos, o chamado “teste do pezinho”.
O painel das doenças rastreadas é constituído por 26 patologias: hipotiroidismo congénito, fibrose quística e 24 doenças hereditárias do metabolismo, sendo o exame efetuado através da recolha de gotículas de sangue no pé da criança.
O objetivo é diagnosticar algumas doenças graves que clinicamente são difíceis de identificar nas primeiras semanas de vida, e que mais tarde podem provocar atraso mental, alterações neurológicas graves, alterações hepáticas ou até situações de coma.
O exame deve ser realizado entre o terceiro e o sexto dia de vida do recém-nascido, porque antes do terceiro dia os valores dos marcadores existentes do sangue do bebé podem não ter valor diagnóstico, e após o sexto dia alguns marcadores perdem sensibilidade, havendo o risco de atrasar o início do tratamento, explica o INSA num comunicado publicado no ‘site’.
Todos os casos positivos são posteriormente encaminhados para a rede de Centros de Tratamento, sediados em instituições hospitalares de referência, contribuindo para a prevenção de doenças e ganhos em saúde.
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