Ou seja, segundo Sergio Giralt, considerado um dos maiores especialistas mundiais nesta área, “a terapêutica é otimizada em função do doente e das características da doença”.
Sergio Giralt falava numa conferência sobre o transplante perfeito no mieloma múltiplo numa conferência sobre “A Ciência e a Ética” organizada pelo IPO/Porto.
Em declarações à Lusa, o diretor do Serviço de Transplantação de Medula Óssea do IPO/Porto, António Campos, considerou que se trata de “um avanço extraordinário. Os doentes não são todos tratados da mesma maneira, são tratados em função de determinados parâmetros e, assim, conseguimos que os doentes vivam mais e melhor”.
“São definidos grupos de doença, com prognósticos diferentes e a partir daí o tratamento é adaptado em função do grupo de risco em que o doente cai”, explicou.
Segundo António Campos, a abordagem sistematizada para diferentes grupos de doentes, hoje apresentada por Sergio Giralt, dá aos especialistas “uma ideia de como a doença se vai comportar”.
O mieloma múltiplo é um cancro que tem origem nas células plasmáticas, um tipo de glóbulos brancos. A sua incidência anual em Portugal é de 3 casos /100 000 habitantes, sendo a ocorrência mais comum acima dos 60 anos.
O IPO-Porto já fez 493 transplantes em 325 doentes com mieloma múltiplo. O STMO está a assinalar este ano os 25 anos sobre o primeiro transplante, tendo ultrapassado já os dois mil transplantes.
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