“No concurso público lançado no final do ano passado, houve 16 empresas que manifestaram interesse, mas apenas cinco concretizaram a apresentação de propostas para ampliação do HSB e todas com valores superiores ao valor base do concurso, pelo que não foi possível avançar com a adjudicação da empreitada”, disse à agência Lusa o vereador e deputado do PS eleito por Setúbal.
“Dado que a administração do Centro Hospitalar de Setúbal (CHS), que integra o HSB e o Hospital Ortopédico do Outão, não tinha verba suficiente para adjudicar a obra, o Governo aprovou a reprogramação do investimento previsto (de 17,1 para 27,5 milhões de euros)”, acrescentou Fernando José.
De acordo com a Resolução do Conselho de Ministros publicada hoje em Diário da República, o Governo reconhece a “necessidade de um novo ajustamento da execução orçamental inicialmente prevista [para o Hospital de São Bernardo] na Resolução do Conselho de Ministros n.º 77/2019, de 2 de maio, e a revisão do montante inicial do referido encargo, por forma a permitir a sua concretização”.
Em declarações à agência Lusa, o deputado socialista Fernando José referiu ainda que o novo concurso público contempla apenas uma “revisão de preços”, adiantando que o referido concurso público deverá estar concluído na primeira quinzena do mês de abril.
Segundo a administração do CHS, a construção do novo edifício permitirá instalar os serviços de urgência e dar continuidade à requalificação dos espaços de diversos serviços de apoio assistencial.
A insuficiência das atuais instalações do Hospital de São Bernardo (HSB), principal unidade de saúde do CHS, foi um dos principais motivos que, a par da falta de médicos e degradação dos serviços em diversas especialidades, levou à demissão do diretor clínico e de 87 diretores e coordenadores de serviço do HSB em outubro do ano passado.
A ampliação do Hospital de São Bernardo está prometida aos setubalenses há mais de uma década, mas só no Orçamento do Estado de 2021 foram disponibilizadas as verbas necessárias para a realização das obras, agora reforçadas em cerca de 10 milhões de euros.
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