25 de fevereiro de 2013 - 16h37

Há outros cinco casos de pessoas que também podem estar infetadas e que estão a aguardar o resultado das análises laboratoriais. Das nove pessoas internadas, sete estão nos cuidados intensivos.
Sete das nove pessoas infetadas estão internadas nas unidades de cuidados intensivos, cinco das quais nos Hospitais da Universidade de Coimbra e duas no Hospital Geral de Coimbra, vulgarmente conhecido por Hospital dos Covões.
Além daqueles cinco doentes, estão “internados nas enfermarias” dos HUC dois outros com gripe A, e cinco pessoas em relação às quais “há suspeita clínica” de também estarem infetadas, mas que “estão a aguardar resultado laboratorial”, revelou, hoje, durante uma conferência de imprensa, Arsénio Santos, coordenador do grupo de acompanhamento dos casos de gripe A, criado na quinta-feira no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra.
Todos os internados estão “em situação estável”, assegurou o médico, adiantando não existir “nenhuma situação” em relação à qual “se preveja evolução negativa a curto prazo”.
Na conferência de imprensa, durante a qual foi confirmada uma morte, no sábado, nos HUC, de um doente infetado pela gripe A (estirpe H1N1, que padecia de outros fatores de risco), participaram também peritos da Direção-Geral de Saúde (DGS), que se deslocaram a Coimbra para procederem, com responsáveis do CHUC, a “uma avaliação da situação”, tendo concluído que, “como seria de esperar”, se está a “viver uma situação dentro da normalidade, sem necessidade de alarmismos”.
O desenvolvimento tecnológico e do conhecimento sobre a gripe A e vírus H1N1, alcançado após a pandemia (em 2009), permite, atualmente, a identificação de casos que não eram detetados, sublinhou Filipe Froes, da DGS, explicando os números de casos registados este ano, que, salientou, são “normais” ou mesmo “um bocadinho abaixo dos anos anteriores”.
Além disse, sustentou, “em 99,9% dos casos esta gripe é benigna”, o que significa que “não há motivo nenhum para alarme social e que as pessoas devem continuar a tratar a gripe como sempre trataram, isto é, com os recursos habituais”, afirmou advertindo que, “em caso de dúvida” as pessoas podem recorrer à ‘Linha 24’.
Sobre os casos de gripe A em Coimbra, aquele responsável considerou que “há uma coincidência temporal na sua conglomeração”, não tendo sido detetada “nenhuma relação da causalidade” entre esses casos.
Em Coimbra, estar-se-á, admitiu, perante “uma situação circunstancial”.
O CHUC “está totalmente equipado com meios técnicos, científicos e humanos para lidar com esta situação, perfeitamente controlada e totalmente esclarecida, identificada e resolvida”, assegurou Filipe Froes.
“Uma situação como esta pode”, no entanto, “configurar um quadro de alarmismo social”, reconheceu o diretor clínico do CHUC, José Pedro Figueiredo, sustentando que isso “só pode ser combatido através da informação franca, leal e profunda”, propósito com o qual foi promovida a conferência de imprensa de hoje.

Lusa