19 de junho de 2013 - 15h16
Cientistas do Hospital Universitário de La Charité e da Universidade Livre de Berlim estabeleceram uma relação entre o narcisismo patológico e uma diminuição da massa cinzenta numa região do cérebro responsável pela compaixão.
O narcisismo, explica o estudo publicado na revista Journal of Psychiatric Research, é um transtorno da personalidade em que os pacientes têm um forte complexo de inferioridade, mas comportam-se de modo arrogante e autocomplacente.
Uma das características fundamentais do narcisismo é a falta de empatia. Os pacientes podem estar em condições de reconhecer o que as outras pessoas sentem, pensam e querem, mas são incapazes de sentir compaixão por elas.
O estudo, dirigido por Stephan Roepke do La Charité, mostra uma correlação estrutural entre aquele défice afetivo e uma anomalia cerebral, segundo a agência noticiosa espanhola EFE.
Os investigadores examinaram 34 pacientes, dos quais 17 sofriam de um transtorno narcisista, tendo através de ressonâncias magnéticas comprovado que este último grupo tinha anomalias na referida região do cérebro.
“Os nossos dados mostram que o grau de empatia está relacionado com o volume de matéria cinzenta na região em que os pacientes com narcisismo apresentam um défice”, disse Roepke.
Lusa