"Um plano de intervenção e datas concretas para início das obras de remoção dos materiais com amianto" são as exigências do MESA e da Zero, que formam a plataforma "Há amianto na escola", que em pouco mais de dois meses identificou mais de uma centena de escolas onde o amianto ameaça a saúde da comunidade.
Escolas como a EB23 Mário de Sá Carneiro, em Loures, e a básica Dr. António Augusto Louro, no Seixal, onde houve protestos na semana passada, estão entre as consideradas prioritárias.
As obras para remoção de amianto terão que ser feitas "com brevidade, garantindo o cumprimento de todos os requisitos legais nessas intervenções", defendem.
As duas organizações afirmam ter dados "recolhidos e denunciados em escolas de norte a sul do país", com "imagens de materiais bastante degradados", com o risco de as fibras de amianto, um material cancerígeno, serem inaladas por adultos e crianças.
“Não se trata de erradicar o amianto nos edifícios públicos neste ano, nem no próximo, trata-se sim, de fazer um levantamento sério e responsável" dos edifícios em que haja amianto, afirmou Íria Moreira, da Zero, em comunicado.
Segundo a Direção-geral da Saúde (DGS), o perigo do amianto decorre sobretudo da inalação das fibras libertadas para o ar.
Regra geral, a presença de amianto em materiais de construção representa um baixo risco para a saúde, desde que o material esteja em bom estado de conservação, não seja friável e não esteja sujeito a agressões diretas. Qualquer atividade que implique a quebra da integridade do material (corte, perfuração, quebra, etc.) aumenta substancialmente o risco de libertação de fibras para o ar ambiente.
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