“O Comité de Medicamentos Humanos da EMA iniciou uma revisão de dados para alargar o uso da vacina contra a varíola Imvanex para incluir a proteção das pessoas contra a doença monkeypox”, adiantou o regulador europeu em comunicado.
A Imvanex está atualmente autorizada na União Europeia para a prevenção da varíola em adultos, mas, tendo em conta as semelhanças entre os dois vírus, “é também considerada uma vacina potencial para a monkeypox”, referiu a EMA.
De acordo com a agência europeia, a decisão de iniciar esta revisão dos dados tem em conta os resultados de estudos laboratoriais não clínicos que sugerem que a vacina desencadeia a produção de anticorpos que visam o vírus monkeypox, protegendo contra a doença.
A disponibilidade da Imvanex é limitada da União Europeia, mas a vacina é comercializada nos Estados Unidos com a designação Jynneos, onde já é autorizada para a prevenção da varíola e da monkeypox.
“Tendo em conta a disponibilidade limitada da Imvanex, a `task force´ de emergência da EMA recomendou que a Jynneos possa ser utilizada para proteger contra a doença monkeypox na União Europeia”, avançou ainda o comunicado.
Essa recomendação destina-se a apoiar as autoridades nacionais que decidam, como medida temporária, importar vacinas Jynneos dos EUA, tendo em conta o aumento das taxas de infeção em vários países da União Europeia, explicou o regulador.
A Espanha vai receber hoje a primeira entrega de 5.300 doses de vacinas contra o vírus monkeypox, seguindo-se Portugal, Alemanha e Bélgica em julho e agosto, numa série de entregas anunciada pela Comissão Europeia.
A Autoridade de Preparação e Resposta Sanitária da Comissão Europeia vai proceder à distribuição das vacinas nas próximas semanas e meses, de modo a assegurar, segundo um comunicado, que “todos os Estados-membros estão prontos a responder ao atual surto de varíola dos macacos, dando prioridade aos mais afetados”.
Em Portugal, mais oito casos de monkeypox foram confirmados nas últimas 24 horas, elevando para 373 o número de infeções no país, segundo um novo balanço da Direção-Geral da Saúde (DGS) hoje divulgado.
A maioria destes casos de infeção em Portugal são em homens entre os 19 e os 61 anos, tendo a maioria menos de 40 anos, refere a DGS numa nota publicada no ‘site’.
Segundo a autoridade de saúde, os casos identificados e confirmados pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) “mantêm-se em acompanhamento clínico, encontrando-se estáveis”.
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