O objetivo do alargamento da testagem é "facilitar o diagnóstico e implementar medidas de controlo da transmissão no menor tempo possível", informam as autoridades sanitárias da região.
Os laboratórios de Microbiologia dos hospitais La Paz, 12 de Octubre, Ramón y Cajal e Gregorio Marañón, além do Laboratório Regional de Saúde Pública que reside no Hospital de Emergência de Enfermagem Isabel Zendal, começam esta segunda-feira a fazer testes PCR para detetar a doença.
Conforme informado pela Comunidade de Madrid, o processo de encaminhamento de amostras vai ser reorganizado, para que, a partir do momento em que o paciente seja atendido no centro de saúde, as amostras sejam enviadas para um dos cinco laboratórios de Microbiologia para fazer o diagnóstico, por meio de testes de PCR e sequenciamento genómico.
Os resultados serão comunicados à Direção Geral de Saúde Pública, que atualizará a informação dia a dia como anteriormente.
Em Portugal, há pelo menos 74 casos confirmados de infeção humana por vírus Monkeypox, segundo dados da Direção-Geral da Saúde (DGS).
Sinais de alerta
Segundo a Direção-Geral da Saúde (DGS) em Portugal, os indivíduos que apresentem erupção cutânea, lesões ulcerativas, gânglios palpáveis, eventualmente acompanhados de febre, arrepios, dores de cabeça, dores musculares e cansaço, devem procurar aconselhamento clínico. Ao dirigirem-se a uma unidade de saúde, deverão cobrir as lesões cutâneas.
"Reforçam-se as medidas a implementar perante sintomas suspeitos, devendo os doentes abster-se de contacto físico direto com outras pessoas e de partilhar vestuário, toalhas, lençóis e objetos pessoais enquanto estiverem presentes as lesões cutâneas, em qualquer estadio, ou outros sintomas", explica a DGS que continua a acompanhar a situação a nível nacional em articulação com as instituições europeias.
Perante sintomas suspeitos, o indivíduo deverá abster-se de contactos físicos diretos. A abordagem clínica não requer tratamento específico, sendo a doença habitualmente autolimitada em semanas, defende a DGS.
Como se deteta?
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a doença deve ser detetada com um teste PCR porque os testes antigénicos não são capazes de determinar se é o vírus da varíola símia ou outros vírus da mesma família. As melhores amostras para diagnóstico são provenientes de lesões, exsudatos (líquido produzido pela ferida) ou crostas de lesões.
A doença é - segundo a OMS - uma zoonose viral rara (vírus transmitido aos humanos por animais), cujos sintomas são menos graves do que os observados no passado em indivíduos com varíola.
Com a erradicação da varíola em 1980 e a posterior descontinuação da vacinação, este ortopoxvírus emergiu como o vírus mais importante do género.
A doença foi detetada pela primeira vez em humanos em 1970 na República Democrática do Congo. Em 2003, casos foram confirmados nos Estados Unidos, marcando o primeiro aparecimento desta doença fora de África. A maioria esteve em contato com cães domésticos, infetados por roedores africanos importados.
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