“Está tudo para acontecer, mas nada acontece: faltam médicos e enfermeiros, estão quase contratados; défice de camas de cuidados continuados, estão quase disponíveis; os prémios para reduzir listas de espera, estão quase”, afirmou o deputado na comissão parlamentar da Saúde, criticando o que chamou de “má gestão” do setor, a qual atribuiu ao ministro que o tutela.

Começando por recordar o que une Adalberto Campos Fernandes e Ricardo Batista Leite – o amor à camisola benfiquista – o deputado social democrata citou depois o que os separa, nomeadamente as medidas que disse estarem por tomar, aproveitando para criticar as que já foram tomadas.

As frases mais ridículas ouvidas pelos médicos
As frases mais ridículas ouvidas pelos médicos
Ver artigo

O deputado contestou ainda a prestação do ministro das Finanças, Mário Centeno, que na semana passada esteve no parlamento a ser ouvido sobre o setor da Saúde, lamentando que este tenha deixado muito por dizer, nomeadamente sobre a ala pediátrica no Hospital do São João, no Porto, e as obras há muito reclamadas.

O pior é um "treinador sem ideias"

Partilhando as “angústias desportivas” que assolam os benfiquistas, o ministro da Saúde afirmou que “a pior coisa que pode haver numa equipa, seja ela desportiva ou política, é um treinador sem ideias, sem estratégias, sem capacidade de liderança e cada jogador a jogar para o seu lado”.

E na mesma linha do discurso de Ricardo Batista Leite, o ministro da Saúde referiu que este está “quase, quase a fazer uma oposição decente, construtiva, baseada em factos”.

Adalberto Campos Fernandes assumiu-se como alguém que está a “resolver o problema” que quem está na oposição não resolveu.

Recorrendo mais uma vez à linguagem futebolística, o ministro acusou a oposição: “Passa a bola, não passa o homem”.