Investigadores norte-americanos criaram em laboratório uma medusa artificial que, segundo o estudo publicado no domingo numa publicação especializada, poderá vir a salvar doentes cardíacos.

O estudo, divulgado no jornal ‘Nature Biotechnology’, envolveu especialistas em Bioengenharia da Harvard School of Engineering and Applied Sciences e do California Institute of Technology (Caltech).

A versão artificial da medusa foi construída com recurso a uma membrana de silicone e a células do músculo cardíaco de ratos.

O projeto, apelidado de “Medusoid", pretendeu aprofundar o conhecimento da engenharia dos tecidos musculares humanos, nomeadamente os cardíacos.

A movimentação da medusa, que consiste no uso de um músculo para sucessivos impulsos na água, quase semelhante aos batimentos de um coração, foi o aspeto que despertou a curiosidade dos especialistas.

“Ocorreu-me em 2007 que poderíamos estar a falhar na compreensão das leis fundamentais dos tecidos musculares”, afirmou Kevin Kit Parker, professor de bioengenharia da Harvard School of Engineering and Applied Sciences, citado pela agência noticiosa francesa AFP.

“Comecei a observar os organismos marinhos que utilizam músculos para sobreviver. Na altura, vi uma medusa no New England Aquarium e imediatamente observei as semelhanças e as diferenças da ação de uma medusa e de um coração humano”, reforçou o especialista.

24 de julho de 2012

@Lusa