Pela primeira vez, um investigador conseguiu reverter a perda de memória em pacientes com doença de Alzheimer, através de mudanças no estilo de vida, um feito que abre novas perspetivas para o tratamento da doença. Dale Bredesen, investigador da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos da América, submeteu 10 pacientes a um programa terapêutico com 36 diretrizes que envolviam a adoção de hábitos saudáveis como a meditação (duas vezes por dia), a eliminação total de hidratos de carbono, glúten e alimentos processados da dieta, a ingestão de vitaminas e óleos de peixe e a prática de exercício físico.
As matrizes que serviram de base à investigação foram definidas com base nos resultados de uma ampla série de testes para compreender o que degrada a plasticidade cerebral nos doentes. Os resultados foram surpreendentes. Todos os participantes beneficiaram de melhorias, à exceção do único paciente com Alzheimer em estado avançado. Esta doença é a forma mais comum de demência. Em Portugal, estima-se que 160.000 pessoas sobram deste tipo de patologias, representando cerca de 60% dos casos.
Em Portugal, em finais de 2014, foi revelado que uma equipa de investigadores da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) conseguiu avanços significativos na compreensão da doença de Alzheimer, tendo identificado novos mecanismos bioquímicos no cérebro que ocorrem antes do declínio cognitivo e as habituais marcas patológicas associadas à doença. O filme «O meu nome é Alice», protagonizado pela atriz Julianne Moore, atualmente nos cinemas, voltou a trazer a problemática da patologia para a esfera mediática.
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