A cantora Rebeca esteve esta manhã, dia 30 de julho, no programa 'Casa Feliz', da SIC, a recordar vários momentos da sua carreira. Durante a conversa com Diana Chaves, acabou por falar também do problema de saúde que enfrentou recentemente.

"Foi há um mês e meio. Ainda tenho alguns problemas, algumas dores... Estou a recuperar. Foi um valente susto. O que pensámos logo era se era novamente cancro. Nem ninguém sabia", começou por partilhar.

"O mês de junho estava já bastante preenchido [de espetáculos] e fiquei com uma hemorragia tão abundante que vocês não imaginam. Não conseguia parar de sangrar. Tive que ir para o hospital de urgência, fizeram-me um tratamento, ainda fiz um concerto porque pedi à médica. Fiz o concerto sentada com uma brutal hemorragia. Não conseguíamos ultrapassá-la e tive que ser operada de urgência", explicou.

"No início acharam que era cancro. Eu perguntava à médica e ela dizia que não sabiam, que tinham de esperar. Fiquei apavorada. Mas as biópsias já chegaram e fiquei muito feliz, claro. Foi um dos dias mais felizes da minha vida, mais uma vez. Veio tudo negativo e foi uma adenomiose", revelou.

De acordo com o site da CUF, a adenomiose "é uma condição em que se verifica aumento do tamanho do útero e que pode provocar dor crónica". "A espessura das paredes uterinas aumenta, provocando hemorragias uterinas anómalas abundantes ou prolongadas. Este aumento da espessura do endométrio (músculo que reveste o útero) é provocado por um crescimento anormal do tecido endometrial (camada mucosa que reveste o interior do útero) na espessura das paredes do útero. Como resultado, ocorrem menstruações dolorosas e abundantes, com grandes perdas de sangue, dismenorreia, dispareunia, dor crónica pélvica e pode ser causa de infertilidade."

Rebeca detalhou ainda que "teve que levar duas transfusões de sangue". "Levei muito ferro também, não tinha forças para andar nem para comer", acrescentou, referindo que esta foi a razão para ter sido obrigada a "anular" alguns dos concertos que estavam na agenda.

"Como tive cancro de mama hormonal, não podia fazer alguns tratamentos. A única coisa que se podia fazer era a cirurgia. Não havia nada a fazer. Tive mesmo que anular os concertos com muita pena e tive que fazer a cirurgia de urgência", disse.

Três semanas depois, Rebeca já estava de volta aos palcos, mas com a energia controlada, pois não podia fazer grandes esforços. Hoje já está cada vez melhor e, diz, "já não tem quase dores nenhumas".

"Ontem fui fazer as minhas análises, porque também fiquei com uma anemia muito grave", partilhou também.

Rebeca, recorde-se, já venceu dois cancro. O primeiro, há vários anos, foi um cancro na garganta. O último que enfrentou foi o cancro da mama.

Ainda em conversa com Diana Chaves, a artista refletiu: "Sou uma mulher de sorte porque ainda estou aqui a falar contigo. Há pessoas que já não o conseguem fazer."

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