A Be@live esclarece, em comunicado, que a equipa é constituída por dois anestesiologistas, dois cirurgiões gerais, dois ginecologistas/obstetras, um intensivista e três enfermeiros, que “vão operar em duas salas operatórias do Hospital Ayres de Menezes, na capital de São Tomé”.
A equipa de voluntários, liderada pela médica anestesista e presidente da Be@live, Vera Barbosa, prevê, com base nas missões anteriores, “operar entre cerca de 100 a 150 doentes e realizar entre 300 a 400 consultas”.
“Também vamos fazer formação aos profissionais de saúde locais nas áreas de Doente Crítico, Trauma, Saúde Materno-infantil, Anestesiologia e Cirurgia”, sublinha Vera Barbosa.
Médicos de várias unidades
Os médicos e enfermeiros que integram esta missão humanitária a São Tomé e Príncipe são profissionais do Hospital de São João, Unidade Local de Saúde de Matosinhos, Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia e Hospital Garcia de Orta.
A equipa de voluntários leva para Santo Tomé mais de 600 quilos de material médico cirúrgico embalado.
Segundo a presidente da Be@live, as missões comportam custos inerentes a cargo dos médicos voluntários.
“Temos materiais comprados por nós, os custos das viagens também ficam a nosso cargo, assim como o alojamento, a alimentação no local e o pagamento do transporte das caixas de material do Porto até ao Aeroporto de Lisboa”, sustenta.
A última missão teve lugar na Guiné-Bissau, em junho de 2018, onde foram operados mais de 60 doentes e efetuadas 300 consultas.
A Missão Humanitária Médico-cirúrgica Be@live é uma associação sem fins lucrativos, independente, sem qualquer filiação religiosa ou política, constituída por médicos-cirurgiões, anestesistas, ginecologistas/obstetras, enfermeiros de anestesiologia, circulantes e instrumentistas.
Tem como objeto social a organização e prática de atividades de voluntariado nacional e internacional na perspetiva de desenvolvimento de intervenções na área da saúde em ambientes socioeconómicos carenciados, com planeamento e disponibilização de consultas médicas e de tratamentos médico-cirúrgicos.
O material médico necessário para os procedimentos cirúrgicos é comprado, recolhido e angariado em Portugal. Posteriormente é transportado e acompanhado pela equipa para os locais onde decorrem as missões humanitárias.
Como funcionam as missões?
As missões são de curta duração, cerca de 15 dias, durante os quais a equipa promove procedimentos cirúrgicos, consultas e assistência médica às populações locais.
Neste período são efetuados cerca de 50 procedimentos cirúrgicos e várias dezenas de consultas médicas a população local.
Com este projeto, “conseguimos promover uma melhoria dos cuidados de saúde às populações mais necessitadas e carenciadas”, refere Vera Barbosa.
“O projeto apesar de ter um efeito imediato na qualidade de vida das pessoas que são operadas e consultadas por nós, também tem uma vertente de formação, sendo que sempre que possível tentamos integrar na equipa profissionais de saúde dos países onde desenvolvemos as missões, de forma a promover a sua diferenciação e especialização nos diversos procedimentos cirúrgicos e abordagem das diferentes patologias”, acrescenta.
Esta missão humanitária a São Tomé e Príncipe termina a 04 de outubro.
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